1º Semestre de 2013,
confirma tendência de redução de insolvências em Portugal
A análise de Insolvências realizada pela COSEC registou um total de 3.311 insolvências no 1º semestre de 2013 em Portugal, o que representa uma redução de 10% face a igual período do ano anterior. O sector da Construção representa cerca de 26% do total das insolvências que, apesar da redução de -18% face a igual período de 2012, continua a ser o sector mais relevante na análise global de insolvências, a par do sector dos Serviços e do Retalho. Ao nível de distritos, o Porto continua a registar o maior número de insolvências com 764 empresas insolventes, verificando no entanto uma redução na ordem dos 15% face a igual período de 2012.
Depois de quatro anos consecutivos de um acentuado crescimento deste indicador, Portugal começa a demonstrar sinais positivos quanto à estabilização das empresas que compõem o tecido empresarial nacional.
Berta Dias da Cunha, administradora da COSEC refere que "o início de 2013 veio confirmar as nossas estimativas quanto à redução no número de insolvências apesar de se sentirem ainda algumas fragilidades. Sentimos que as empresas nacionais têm demonstrado um grande esforço para ultrapassar obstáculos, procurando diversificar as suas atividades e explorando outros mercados. É com expectativa que aguardamos o início deste segundo semestre, contando que os resultados possam ser um pouco mais animadores que os registados no final do ano passado."
Dados do estudo “COSEC”
• No primeiro semestre de 2013 contabilizaram-se 3.311 insolvências de empresas em Portugal, o que representa uma redução de 10% face a período homólogo do ano anterior.
• As Microempresas continuam a ser as mais afetadas, representando cerca de 66,7% das insolvências registadas.
• 26% do total das empresas insolventes são do sector da Construção.
• Contrariamente, empresas abrangidas por Planos Especiais de Revitalização (PER) estão aumentar desde o início do ano, situando-se em 577 casos até Junho.
Evolução das insolvências em Portugal - 1º Semestre de 2013
Na análise das variações mensais das insolvências ao longo do primeiro semestre de 2013, destacamos o mês de janeiro com um aumento de 34% no número de insolvências registadas comparativamente com igual período do ano 2012. Segundo os dados apresentados, março marca o ponto de viragem no número de registos de insolvências e em maio a taxa de variação homóloga atinge mesmo uma redução recorde de 37% face a igual período de 2012, facto que sabemos estar associado à entrada em vigor do portal eletrónico de registo de insolvências em maio de 2012 e que culminou num pico de registos em maio do ano passado.
Evolução das insolvências em Portugal - Por Distrito
A distribuição das insolvências por distrito mantém a tendência verificada na análise da COSEC apresentada no início do ano relativa a 2012. Os distritos que registam maior número de insolvências são o Porto com 764 insolvências (23,1% do total), seguido de Lisboa com 752 e do distrito de Braga com 335 ocorrências. O distrito que regista menor número de insolvências é o de Portalegre com apenas 18 registos (0,5%).
Dimensão das Empresas Portuguesas Insolventes
Uma análise à dimensão das empresas nacionais que entraram em insolvência nos primeiros seis meses mostra, claramente, que as Microempresas(2) (<=500k€), continuam a ser as mais afetadas. Do total de empresas insolventes, cerca de 66,7% das empresas são classificadas na análise de insolvências da COSEC como Microempresa, seguindo-se as Pequenas Empresas com 18,7%. As grandes e médias empresas têm registado uma forte quebra no número de insolvências quando comparado com o período homólogo.
Sectores em destaque: Construção, Serviços, Retalho e Bens Alimentares
No primeiro semestre de 2013, os sectores de atividade mais afetados pelo desaparecimento de empresas foram os sectores da Construção (26%) com 854 casos, dos Serviços (18%) com 597 casos, o Retalho (17%) com 565 casos e o sector Agroalimentar (6%) com 210 casos. No entanto, os sectores que registaram um maior crescimento homólogo, com mais de 50 de casos de insolvência, face a igual período do ano passado foram os sectores Serviços de TI e Automóvel com uma variação de 30% e 11% respetivamente.